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terça-feira, 26 de julho de 2011

O melhor amigo de um soldado*



Reportagem: Laura Baziuk
Foto: Christopher Pike
Postmedia News/Ottawa Citizen

* Livre Tradução Resumida

Desde que se aposentou, o ex-militar Dave Desjardins tem como melhor amiga Maggie, uma rottweiler de dois anos e meio. A cadela ajuda Dave, de 41 anos, a pegar garrafas de água, retirar roupas da secadora, fechar a porta do refrigerador e até a descer as escadas. Ela também dá abraços no seu dono.

[...] Desjardins, cabo aposentado pelo Exército canadense, foi diagnosticado com estresse pós-traumático em 2005, após retornar de uma incursão pelo Afeganistão. Ele também voltou gravemente ferido nos quadris por conta de exercícios de treinamento.

Pesadelos com soldados sendo explodidos invadiram seu sono, sem contar os ataques de pânico que o deixavam paralisado sempre que se via cercado de muitas pessoas (pavor de multidões) e memórias de membros sendo amputados. Depois de tentar todo tipo de medicamento e conversas infindáveis com psiquiatras, ele descobriu um programa, o Courageous Companions - Corajosos Companheiros. Administrado por um grupo que trabalha com serviços de animais, ele oferece a veteranos de guerra, policiais e outros profissionais que tenham passado por experiências traumáticas, um cão para ajudá-los a superar os sintomas físicos, mentais e emocionais.

"Maggie vai comigo em lojas, shoppings e outros locais onde há multidões. [...] Nesse sentido, ela é mais do que um apoio."

Ele diz  que a cadela de 44 kg, com sua vestimenta amarela de serviço, ajuda a criar uma espécie de bolha ao redor dele quando sai para fazer compras. Se Maggie sente que seu dono está ficando ansioso, ela gentilmente lhe dá um leve cutucão. "Ela me ajuda focar em alguma coisa, ao invés das pessoas ao meu redor. Isso me traz de volta. É como se ela dissesse: ´Ei, olhe pra mim, esqueça tudo ao seu redor!´.

Terry Green, presidente da ASIST (Animal Services & Integrated Support Teams), e que dirige o programa Corajosos Companheiros, diz que os animais podem ajudar as pessoas a recuperarem o chão após uma experiência traumática, bem como ajudar a acelerar do processo. "No momento, estamos começando um trabalho com hospital Royal Ottawa, em saúde mental. Estamos introduzindo, aos poucos, animais dentro do ambiente para que interajam com os pacientes".

O programa, que começou como um piloto para as Forças Armadas canadenses, possui similares nos EUA (Paws For Purple Hearts) e no Reino Unido. Deve ser expandido para outras cidades canadenses depois do sucesso em Ottawa e Winnipeg.

Desjardins diz que Maggie lhe deu um conjunto de novas habilidades para lidar com seu problema, o qual não foi possível adquirir com terapias convencionais, como andar no meio de muitas pessoas novamente e até mesmo sair de casa. "Psicologia convencional é muito sobre falar de si mesmo, de suas experiências...e de revivê-las. O tipo de coisa com a qual Maggie não se importa. Ela não liga para saber o que eu passei, se estou com raiva...ela apenas está aqui quando preciso, é incondicionalmente dedicada ao serviço, sem questionar nada".

No momento, os responsáveis pelo programa da ASIST lutam para conseguir verbas do governo para expandir o programa Corajosos Companheiros no Canadá. Desjardins defende que o programa seja de fato apoiado pelo governo, especialmente nos casos de estresse pós-traumático, pois pôde sentir os benefícios reais de ter um cão para ajudá-lo a se recuperar.

"Certamente há um benefício. Hoje, me encontro em um estado superior, estou relativamente feliz e não quero mais voltar àquela época. Desde que iniciei o programa e passei a trabalhar com Maggie, estou muito melhor do que antes".

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