A propósito...

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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Até um dia, quem sabe...



Prezados, por um período indeterminado não irei mais publicar neste blogue. São duas as razões que me levaram a tomar a decisão, e ambas pesaram da mesma forma.

A primeira é de ordem profissional. Recentemente abri meu próprio negócio, e como são duas operações, estou trabalhando em média de 12 a 15 horas por dia para colocá-las em ordem. Buscar notícias positivas às vezes demanda muito tempo e dedicação. Neste momento, portanto, é impossível conciliar as coisas e é necessário priorizar o ganha-pão.

A segunda razão - igualmente importante na minha decisão - é a minha profunda revolta com a imprensa brasileira em geral.

Publicações nacionais minimizam descaradamente a participação popular em protestos contra o governo nacional (de um milhão de pessoas numa avenida para 250 mil, segundo instituto de pesquisa próprio). 

Este mesmo veículo permite que um desordeiro, que comanda e invade propriedades privadas sob uma suposta bandeira da justiça social, tenha uma coluna semanal para proclamar e legitimar seus atos criminosos. 

Enquanto isso, uma greve de caminhoneiros é deturpada e tratada como uma mera paralisação pelos preços do diesel, e não um apoio expresso desses profissionais para o afastamento e prisão deste governo corrupto (a faixa de um dos bloqueios de estrada com os dizeres "Fora Dilma" foi filmada por trás (!!), de modo a tornar impossível a leitura ao telespectador mais desatento).

E tome libertinagem disfarçada de progressismo e politicamente correto. Jornalistas não medem esforços para defender, promover e legitimar os valores e os benefícios que as supostas minorias deste país recebem. Pollíticos que defecam pela boca, como o ex-BBB Jean Willys, se não recebem um aceno simpático, pelo menos são tratados com muito menos truculência do que outros que não se alinham à causa progressista. Um grupo de homens pelados em fila, enfiando o dedo no fiofó um do outro, ganham destaque em nome da suposta "arte moderna".

Essa mesma imprensa que cobra dos governos a abertura irrestrita de fronteiras para imigrantes é a mesma que depois irá condenar ataques de retaliação provocados por algum imigrante terrorista que explodiu ou metralhou um local cheio de pessoas inocentes.

A omissão também me causa espasmos. A Venezuela se tornou uma tragédia de proporções africanas, e quase nada sai na imprensa brasileira, especialmente os grandes veículos. Uma das maiores aberrações do mundo hoje atende pelo nome de Planned Parenthood, um projeto implantado pelos democratas dos Estados Unidos e que transformou clínicas de aborto em açougues de bebês, cujas partes eram comercializadas ilegalmente por debaixo dos panos. Não vi uma nota disso na imprensa mainstream do Brasil, e se saiu alguma coisa é muito, muito pouco perto da repercussão que um assunto como este supostamente deveria provocar. Confesso que consegui assistir a apenas uma parte de um dos vídeos que denuncia o Planned Parenthood. Na hora, lembrei da minha sobrinha que nasceu neste ano, e aquele vídeo acabou com o meu dia. Espero honestamente que ela encontre um mundo melhor do que esse no qual estamos vivendo.

Revoltado como estou com a imprensa brasileira, decidi parar de publicar as notícias. Sempre dei os devidos créditos aos jornalistas, fotógrafos e veículos, e não quero mais ter que colocar os nomes de veículos cuja linha de atuação editorial eu discordo profundamente.

Até que eu veja uma mudança de valores, não tenho intenção de seguir com esse espaço. É a minha greve pessoal, a única que me permito fazer, porque quando topei abrir meu negócio, assinei um contrato também com um país que me toma muito e devolve pouco.

Não irei deletar as postagens antigas, portanto, sintam-se à vontade para consultar os arquivos do Projeto Minuto Positivo sempre que quiserem. A casa continua sendo de vocês.

Boa sorte a todos nós!

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