Nascida de um parto complicado, a pequena Olívia acabou com paralisia cerebral por ter ficado cinco minutos sem respirar durante o processo, o que causou lesão por falta de oxigenação. As complicações a mantiveram numa UTI por 48 dias sem contato humano, e sendo alimentada por sonda, já que a lesão também a impediu de desenvolver o reflexo necessário para sugar leite do peito.
Por conta disso, Olívia tornou-se bastante irritadiça, e chora praticamente o tempo todo em busca de colo, pois é onde se sente segura após todo o trauma que adquiriu quando chegou ao mundo. No entanto, a tarefa de mantê-la embalada estava deixando os pais estafados. Por conta disso, eles lançaram um convite via redes sociais a qualquer pessoa que quisesse "dançar" com a pequena e, desta maneira, permitir que eles pudessem fazer outras coisas enquanto outra pessoa nina Olívia.
O apelo foi atendido, e desde que o convite foi lançado há menos de dois meses, Olívia já teve mais de 50 parceiros voluntários, entre amigos e até mesmo desconhecidos. O repertório precisa ser de música intensa, e o casal de pais coloca clássicos dos Beatles e outros rocks dos anos 60 e 70.
Além da ajuda, o casal conta que acabaram fazendo novas amizades e até aceitaram outros tipos de ajuda, como cadeirinhas para pular, bolas de pilates e presentes como roupas e comida.
Quem for de Recife e quiser tirar a Olívia para dançar basta mandar um e-mail para a mãe, Marília Cireno: mariliacireno@gmail.com
Reportagem: Patrícia Britto
Foto: Sérgio Figueirêdo
Folha de São Paulo
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