A reportagem da Revista Encontro é relativamente extensa. Abaixo, republico os depoimentos de apenas alguns dos personagens da matéria, mas vale a pena ler o texto na íntegra!
Reportagem: Marina Dias
Foto: Geraldo Goulart, Leo Araújo, Pedro Nicoli, Cláudio Cunha,
João Carlos Martins, Júnia Garrido
http://www.revistaencontro.com.br/revista/edicao/139/capa/turma-do-bem.html
O escritor de cartas
Mesmo quando criança, o empresário Ricardo Pimenta, de 55
anos, que escreve cartas pelos moradores do Lar dos Idosos São José, já tinha
afinidade com pessoas mais velhas. Ainda adolescente, preocupava-se com a
situação dos idosos e ajudou muitos trabalhadores de sua cidade natal, São João
Evangelista (a 190 km de BH, no Leste de Minas), a se aposentarem por meio da
Lei de Previdência Social Rural. Com o pai, levava-os aos órgãos competentes e
os ajudava a preencher a papelada. “As minhas ações trazem benefícios para
eles, mas me ajudam muito também. É uma sensação de dever cumprido.”
Arquiteta dos pequenos
A arquiteta Germana Giannetti, de 48 anos, diz que, se todos
ajudarem como podem, o mundo será muito melhor. Para ela, uma das formas de
contribuir para a sociedade é com sua própria profissão. Além de ter doado à
Jornada Solidária um projeto de reforma de uma creche, seu escritório colaborou
com um projeto de reforma do espaço Criança Esperança, no Aglomerado da Serra,
em Belo Horizonte. Com a ajuda de parceiros que forneceram móveis, mão de obra
e materiais, ela reformou a biblioteca e a entregou pronta, com estantes novas,
parede dupla e fachada impermeável, para evitar o mofo. “Esse tipo de ajuda é
muito interessante. Dá para ver o resultado de perto”, diz.
Generosidade como herança
Assim como a maioria dos voluntários, o consultor de
empresas Hélio Lage, de 51 anos, diz que a satisfação é maior para ele do que
para as pessoas que ajuda na Colônia Santa Izabel, em Betim. “Fazer essas
atividades nos dá uma energia muito grande, não é um esforço”, diz. Ele conta
que, apesar de todas as dificuldades que enfrentam, a solidariedade entre os
moradores da colônia é grande e gratificante – por exemplo, quando uma pessoa
cadastrada consegue um emprego e passa sua cesta básica para outra. “É muito
bom ver o sorriso no rosto deles e vê-los crescendo”, afirma, lembrando que
puxou do avô a vontade de ajudar: “Meu avô era médico e, quando o paciente não
tinha dinheiro, ele dava a receita e também o remédio.”
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