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terça-feira, 21 de junho de 2011

Nunca é Tarde Para Ser Um Médico*



Reportagem: Madison Park
Foto: Redprodução
CNN News

* Tradução livre e resumida

Quando terminar seus estudos e iniciar sua carreira como médico, Mike Moore terá 50 anos de idade.

Como estudande do segundo ano da faculdade de Medicina da Universidade Pacific Northwest, ele tem aulas com professores mais jovens do que ele, e se senta com colegas com idade suficiente para serem seus filhos.

Estórias sobre mudança de carreira na meia-idade em geral dizem respeito a pessoas estressadas e que buscam trabalhar com aquilo que lhes dá prazer, como preparar cupcakes ou então abrir um café. Raramente envolvem um programa rigoroso como o de se tornar médico aos 40 ou 50 anos.

A Medicina é uma área onde há muita pressão, exige entre sete e onze anos de estudos, incluindo as residências após a conclusão da faculdade, com jornada de trabalho extenuante. Futuros médicos como Moore, que fazem escolhas improváveis de mudança de carreira, são conhecidos como estudantes não tradicionais, e a demanda desse tipo de estudante vem aumentando nas escolas de medicina.

[...] Candidatos não tradicionais estão em uma cruzada, diz a Dra. Suzanne Miller, conselheira de admissões de cursos de medicina. "Eles deixam bons empregos, ela diz, a maioria vem até mim aos prantos". Eles pensam que  estão loucos por sequer pensar em investir mais 10 anos de vida para se tornarem médicos, ela diz. Mas Miller os encoraja.

As Escolas de Medicina estão aceitando estudantes não tradicionais porque, segundo Miller, "inteligência emocional é tão importante quanto o QI". Eles provavelmente tem experiências reais como gerenciar um orçamento próprio, cuidar de pessoas doentes ou lidar com mortes. Eles podem ser melhores no relacionamento com os pacientes porque já trabalharam fora da academia.

Mike Moore teve que abrir mão de muitas coisas para cursar Medicina. Sua família agora depende exclusivamente de sua mulher como única provedora do lar, enquanto ele termina a faculdade. Eles têm dois filhos. Sua mulher, uma pediatra, apoiou sua decisão.

Moore estudou  para os testes de admissão da faculdade no Iraque, em meio a missões. Teve que voar até o Qatar para fazer a prova e passou a noite anterior em um leito apertado de um hospital militar americano.

Já tendo trabalhado como médico-assistente, ele decidiu perseguir o título de médico osteopata.

"Eu sei que amo isto", diz Moore. "Não consigo me ver fazendo outra coisa".

[...] " Eu posso praticar Medicina por 20, talvez 30 anos, mas serão anos recompensadores. Sinto que posso contribuir de uma maneira única e especial para saúde, na qual outras pessoas não podem. Posso servir também como exemplo. Você não tem que desistir porque tem 50 anos de idade. Eu tenho uma vida toda pela frente".

[...] Heidi Meyer é outro exemplo. Ela sempre quis fazer Medicina, no entanto, acabou fazendo carreira em musicais. Quando tomou a decisão de deixar seu papel no espetáculo "Miss Saigon", na Broadway, para seguir carreira na área médica, atraiu olhares intrigados para si.

"Eu não iria crescer e me tornar a pessoa que gostaria de ser", disse Heidi sobre sua carreira no teatro.

Ela decidiu que era hora de mudar.

[...] Heidi, hoje com 40 anos de idade, está concluindo sua residência na Universidade do Arizona, em Tucson.

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